Bragatto diz não ter sido convidado a compor com Amaral
O vereador do Partido Verde (PV), Walcinyr Bragatto, acabou se tornando a voz dissonante na primeira sessão da Câmara de São Carlos, na última terça-feira, quando não deu seu voto ao vereador Marquinho Amaral (PSDB) para presidente da Casa.
O voto não modificou a eleição que deu ao tucano Amaral o comando do Legislativo para o próximo biênio. Mas ele deixou de ter unanimidade entre os vereadores: com 20 e não 21 votos.
Entretanto, causou especulação nos corredores políticos da cidade sobre qual seria o posicionamento de Bagatto na composição do quadro partidário de situação ou oposição ao governo do prefeito Paulo Altomani (PSDB).
De acordo com Bragatto, ao não votar em Amaral, isso não pode ser lido como um posicionamento contrário ao governo de Altomani.
Ele disse que são duas esferas distintas de poder que não podem ser incluídas na mesma analogia. “Não votar em Marquinho não significa que estou contra o Altomani”.
Bragatto afirmou que é princípio do PV discutir e analisar todo e qualquer projeto. “Para que a gente vote, temos de participar da elaboração e conhecer as propostas. Não votamos nada por adesão de última hora”, declarou.
Ele foi além: “Em nenhum momento, tanto o PV – como o Bragatto – foi incluído na discussão e preparação nas propostas da presidência da Câmara. Não é uma questão simples de ocupar um cargo, nos interessa saber qual é o projeto que se tem para o Legislativo”, disse ao referir-se na terceira pessoa durante a entrevista.
O vereador afirmou que não houve a preocupação da equipe que organizou a chapa que concorreu à mesa diretora da Câmara de incluí-lo no durante as negociações.
Contradizendo a fala de Bragatto, o atual presidente da Câmara, Marquinho Amaral, afirmou que após as eleições em 7 de outubro, tentou conversar com o vereador do PV, deixando inúmeros recados na secretária eletrônica do telefone celular, sem obter o devido retorno.
“No dia da diplomação – ocorrida em 27 de novembro – tentei conversar com o Bragatto e compor um acordo sobre a eleição da mesa, ele se predispôs a esta conversa, mas que acabou não acontecendo. Infelizmente, houve um desencontro de informação”, disse Amaral.
O atual presidente da Câmara, invocando a diplomacia, disse que respeita a posição de Bragatto. “Democraticamente ele tinha todo o direito de não votar na chapa que eu encabecei. Isso não interfere de forma alguma na nossa relação de respeito e amizade”.
No campo das ideias e projetos, Bragatto afirmou que espera que a nova mesa diretora estabeleça um diálogo constante e ininterrupto com a sociedade através das organizações sociais, entidades de classe e universidades para enriquecer os projetos do Legislativo.
Amaral, ao saber da colaboração de Bragatto, agradeceu, mas informou que esta é uma de suas propostas já veiculadas pela mídia quando se apresentou como candidato a presidência da Câmara.



Parab’ens Bragatto! Isso mesmo, vc fez certinho! Isso que ‘e posicionamento pol’itico! O Marquinho Amaral ‘e resqu’icio de Melo e aquela cambada. Fico feliz pela sua atitude.