Preços ao produtor avançam 0,54% em julho

30/08/2012 16h37 - Atualizado há 13 anos Publicado por: Redação

O índice de preços ao produtor desacelerou em julho ao subir 0,54 por cento, a menor taxa desde fevereiro, após alta de 1,11 por cento em junho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira, 30.

O IBGE revisou o dado de junho depois de anunciar anteriormente alta de 1,13 por cento. Em fevereiro deste ano, os preços haviam recuado 0,42 por cento.

No acumulado em 12 meses, os preços apresentaram alta de 7,19 por cento no mês passado.

Segundo o IBGE, em julho, 16 das 23 atividades pesquisadas apresentaram alta de preços na comparação com o mês anterior. As maiores variações positivas ocorreram nos preços dos produtos das atividades industriais de alimentos (3,17 por cento), borracha e plástico (1,34 por cento) e bebidas (1,29 por cento).

Por outro lado, a maior variação negativa ocorreu em outros produtos químicos, com queda de 2,62 por cento, seguidos por metalurgia, com recuo de 1,24 por cento.

Por sua vez, as maiores influências sobre o indicador em julho vieram de alimentos (0,62 ponto percentual), outros produtos químicos(-0,29 ponto), metalurgia (-0,10 ponto) e veículos automotores (0,09 ponto).

O índice mede os preços “na porta das fábricas” e não inclui os custos com frete e impostos que influenciam os preços ao consumidor.

A alta dos preços vinha mostrando aceleração recentemente, e nesta quinta-feira o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) acelerou para uma alta de 1,43 por cento em agosto, ante elevação de 1,34 por cento em julho. .

Frente a esse cenário, o mercado estimava que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechará 2012 com ganho de 5,19 por cento, afastando-se do centro da meta oficial de 4,50 por cento.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial, acelerou o passo em agosto para uma alta de 0,39 por cento, ante avanço de 0,33 por cento em julho, um pouco acima do esperado pelo mercado.

O Banco Central vem repetindo que o crescimento econômico vai ocorrer com os preços sob controle, e analistas destacam que o cenário de aceleração da inflação pode reduzir o espaço para mais cortes na taxa Selic.

Na quarta-feira, o BC reduziu a taxa de juro básica em 0,50 ponto percentual, para 7,50 por cento ao ano, nova mínima histórica.

Na comparação com o mesmo mês de 2011, as maiores variações de preços ao produtor ocorreram em fumo (30,70 por cento), alimentos (19,72 por cento), outros equipamentos de transporte (17,98 por cento) e bebidas (14,64 por cento).

As principais influências na comparação de julho com o mesmo mês do ano anterior vieram de alimentos (3,55 ponto percentual), outros produtos químicos (0,54 ponto), refino de petróleo e produtos de álcool (0,43 ponto) e veículos automotores (0,41 ponto).