Consumidores e comerciantes aproveitam liquidações

08/01/2013 10h55 - Atualizado há 13 anos Publicado por: Redação

Começo de ano para o comércio é sempre um período de baixas vendas, pois muitos consumidores que já compraram no Natal estão sem dinheiro para gastar e outros que não fizeram dívidas, já possuem várias contas e despesas a mais para o mês.

Para os consumidores, janeiro, com certeza, é o mês das contas e dos impostos a pagar, por isso muitas pessoas se apertam e acabam se endividando ainda mais ou se enrolando com elas.

Já para os comerciantes, o primeiro mês do ano é sinônimo de liquidações e promoções, oferecendo produtos com descontos especiais, deixando-os bem abaixo do preço inicial com intuito de ainda fisgar alguns clientes. Assim, desta forma, as empresas conseguem minimizar os prejuízos já esperados para a época.

De acordo com o economista Ronaldo de Cresci, neste caso de liquidações especiais, primeiramente, o consumidor deve fazer uma análise da sua situação financeira, levando em conta os gastos acumulados no final do ano, verificar as contas do início do ano como IPTU, IPVA, matrículas e materiais escolares.

“Depois de feita a análise e verificar que sua condição permite, o consumidor pode e deve aproveitar as promoções, pois os descontos são mesmo vantajosos”, explica Cresci.

A forma de pagamento deve ser outro ponto que o cliente deve se atentar na hora das compras, levando-se em conta se pagará à vista ou a prazo. “A opção pelo pagamento à vista é melhor para quem não consegue manter um controle mais rigoroso. Para quem mantém as contas sob controle, as parcelas não afetam o orçamento”, comenta o economista.

Segundo o presidente da Associação do Comercial e Industrial de São Carlos (Acisc), Alfredo Maffei Neto, a cidade, como outras da região, tradicionalmente, sofre no mês de janeiro quando cai parte das vendas em alguns setores do comércio.

No caso de São Carlos, exclusivamente, existe um fator a mais que ajuda no declínio das vendas: as férias dos estudantes que movimentam principalmente o setor móveis e alimentação.

“O comércio se mantém mais aquecido em cidades turísticas, por isso as demais cidades usam a estratégia das liquidações para atrair os consumidores, manter as vendas e diminuir os prejuízos”, explica Maffei.

Na sua análise, De Cresci comenta que para os comerciantes as liquidações são oportunidades para se desfazer dos estoques antigos, para ter reforço de caixa e renovar os produtos de mostruário, como novas coleções ou tecnologias. “Pois é isso que atrai novos clientes e melhora as margens de lucro”, define.