São Carlos não participa da Semana de Aleitamento
A Semana Mundial do Aleitamento Materno teve início ontem, dia 1º, vai até a próxima terça-feira, 7, em mais de 170 países e tem como objetivo estimular a amamentação e melhorar a saúde de crianças menores de 5 anos em todo mundo.
Em São Carlos, não será feita nenhuma campanha nesse período, pois no mês de junho deste ano foi realizada a Semana do Bebê que também abordou a importância da amamentação. “As atividades de aleitamento materno são de rotina em todas as Unidades Básicas de Saúde; e da Família de São Carlos”, informou a assessoria de imprensa da Prefeitura.
Na semana de comemoração da amamentação, a Secretaria de Saúde de São Carlos, sob coordenação do Departamento de Gestão do Cuidado Ambulatorial, está reforçando as orientações, nas unidades em todos os espaços.
Isabella G. de Oliveira, enfermeira-supervisora do Posto de Saúde do Santa Felícia, ressalta a importância do aleitamento materno. “A amamentação é muito importante, o leite materno é o alimento ideal para absorção de nutrientes, o estômago do bebê está preparado para aquele tipo de alimento, não sendo possível, vai utilizar formas artificiais”, comenta.
O leite materno apresenta 160 substâncias, proteínas, gorduras, carboidratos e além de tudo, transfere anticorpos para o bebê.
Na amamentação é quando o bebê e mãe estabelecem vínculos, através do toque, a estimulação da mãe para o bebê, o amor.
O movimento natural que a mandíbula do bebê realiza para conseguir abocanhar o mamilo e obter o leite materno, a língua eleva-se para comprimir o bico, promovendo então a ordenha.
A amamentação também é importante para a saúde da mãe, para evolução mais rápida e ideal do útero, e a perda de peso.
Não existe uma idade exata para deixar de amamentar, mas o importante é que ocorra no mínimo 6 meses de amamentação, fora desse período fica a critério da mãe, da criança e de a mãe ainda ter o leite.
Para os bebês que não podem contemplar a amamentação, por vários motivos, ou porque estão incubados, na UTI, ou porque a mãe não tem leite, há a opção do banco de leite, disponível na maternidade.
As mães que têm bastante leite (excedentes) são orientadas, na consulta pós-parto, a serem doadoras do banco de leite. É um momento em que as mães estão sensíveis e acabam se comovendo com as necessidades das outras mães, nesse momento é feito o encaminhamento.
O banco de leite da Maternidade Dona Francisca Cintra Silva – da Santa Casa de Misericórdia de São Carlos – necessita de doação constantemente.
O estoque do banco de leite da Maternidade hoje é insuficiente para atender a UTI neonatal e berçários. “Temos hoje um litro e meio de leite, o ideal seria que tivesse 10 litros por semana, o número de doadoras são 10 mães, o ideal seria 30 para conseguir suprir a demanda”, explica a coordenadora da Maternidade, Annie Correa Agostinho.
O frio, as férias de julho e dezembro e os feriados ajudam o estoque do banco de leite a cair.
Qualquer mãe saudável e que tenha excesso de leite pode ajudar o banco de leite sendo doadora; basta apenas se dirigir a Maternidade, procurar o banco de leite e fazer seu cadastro. Serão solicitados alguns exames que a futura doadora colhe no laboratório, todos gratuitos.
No dia do cadastro, a doadora recebe várias orientações de como ordenhar, os cuidados com os frascos e como funciona o congelamento. Ela ganha nesse dia frascos para colocar o leite, máscara e gorro.
O mais interessante é que depois do cadastro aprovado, a doadora não precisa se dirigir mais ao banco de leite. “Ela vai ordenhar o leite em casa e o banco vai coletar toda quarta-feira. Das 10 doadoras que temos hoje, conseguimos somente 3 litros hoje pela manhã”, afirma Annie Agostinho.
O banco de leite precisa de ajuda, a maternidade fica localizada na rua Paulino Botelho de Abreu Sampaio, 543, Jardim Betânia, o telefone é (16) 3509-1219, e (16) 3509-1290.
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