Prostituição continua na Baixada
Há um mês, a Folha de São Paulo e o Primeira Página denunciaram a prostituição
na região da Baixada do Mercado. Na ocasião, a Prefeitura informou que iria tomar medidas socioeducativas para retirar as garotas de programa da região. Após trinta dias o problema continua e assusta comerciantes e freqüentadores da Baixada.
Ontem à tarde, a reportagem do Primeira Página foi à praça do Mercado Municipal e ali estavam seis garotas de programa que aliciavam os idosos que fi cam na praça. Para
comerciantes da região há um verdadeiro incômodo, uma vez que consumidoras são confundidas com as prostitutas. “Pedimos uma ação urgente. É ruim para o comércio, é ruim para a cidade. Elas foram retiradas de dentro do Mercado, mas ficam aqui na frente das lojas. Já tive clientes confundidas com essas garotas. Perdemos a venda nesta ocasião”, disse Cleber Santana, gerente de uma das lojas da Baixada.
A reportagem tentou conversar com as garotas de programa, mas todas, ao perceberem que se tratava de uma reportagem, saíram do local.
Segundo a administração do Mercado Municipal, as prostitutas usam o interior do Mercado Municipal para aliciar clientes para programas sexuais. Ainda de acordo
com a administração, a Guarda Municipal está orientada a pedir para que elas deixem o local, quando o utilizam para aliciamento.
De fato, ontem à tarde, dentro do Mercado Municipal, a reportagem não encontrou nenhuma garota de programa.
AS PENSÕES – Os programa sexuais custam R$ 50,00 por meia hora e uma pensão na rua Geminiano Costa continua recebendo as garotas. Segundo informações, existe uma tabela de preço que as prostitutas pagam para utilização de quarto onde são realizados
os programas.
Há um mês, o secretário de Governo, João Batista Muller, afirmou que uma fiscalização mais intensa seria realizada para coibir o uso de casas ou pensões para a prática dos programas sexuais.
Muller afirmou que o problema da prostituição tanto na região do Mercado Municipal como também na avenida Getúlio Vargas foi debatido no último encontro do Grupo
Integrado de Segurança e ações estão sendo preparadas pela prefeitura. “É uma questão social e também de saúde. Estamos preparando uma forma de a Assistência Social participar, conversar com estas garotas. Além disso, tenho a informação que em São
Carlos o número de idosos com Aids vem aumentado. Então também é um caso
de saúde pública. Vamos agir em todos os sentidos”, explicou.
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