População protesta contra demora no atendimento na UPA da Vila Prado

29/04/2013 21h55 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação

Usuários da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Prado protestaram, na tarde de ontem, contra a demora no atendimento naquela unidade de saúde. Algumas pessoas chegaram a denunciar que faltam médicos no local. Uma mulher reclamou que ficou 5 horas na UPA até ser atendida por um médico.

O autônomo Edson José Draetta afirma que sua filha de 32 anos apresentou um quadro de vômito e diarreia. “Chegamos aqui (na UPA) e ela vomitou várias vezes. Cheguei aqui às 11h. Falaram que tinha que esperar. Ela ficou 4h30 e não resolveram. Ou ela vai morrer ou vai sarar sem ser atendida. É uma vergonha, na época da campanha eleitoral falam que vão acabar com as filas. Agora vemos que as filas estão aumentando ao invés de diminuir”.

Elza de Oliveira Felotta afirma que está com uma suspeita de derrame fácil. Cheguei à UPA às 12h30 e até às15h30 não tive atendimento. “Esta situação é vergonhosa para uma cidade que se autodenomina como humanizada”, reclamou ela.

A professora da rede municipal de ensino, Fabiana Varanda Oliveira Loterio, classificou como “vergonhosa” a situação de ouvir desaforo de atendente. “Ela disse que segunda-feira é o dia do atestado. E quando pedimos o apoio do Primeira Página e do São Carlos Agora, mandaram quatro viaturas de guardas municipais para a UPA. Não precisamos de guardas, precisamos de médicos. Precisamos de atendimento e respeito”.

A doméstica Michele Medeiros disse que chegou à UPA às 13h20 com muita dor. “Sofri uma queda e estou com o braço direito paralisado e doendo muito. Fui atendida quase às 15h. A médica mandou eu tomar o que já estava tomando e passar o que já estava passando. Ela disse que eu tinha que fazer um exame de ultrassom. Eu perguntei se poderia fazer no hospital escola e ela disse que só com encaminhamento e não me forneceu o encaminhamento. A nossa saúde está uma verdadeira calamidade, o atendimento no hospital escolar, por exemplo, está péssimo”.

Outra doméstica, Aparecida Ramalho dos Santos, chegou às 10h e disse que somente foi atendida depois das 15h. “Cheguei com uma gripe forte e fui atendida muitas horas depois. A situação da saúde está péssima”.

OUTRO LADO

Prefeitura nega falta de médicos e explica demora

Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura Municipal de São Carlos, havia, na tarde de ontem, quatro médicos trabalhando na UPA (Unidade de Pronto atendimento) da Vila Prado. A assessoria explicou que a UPA é uma unidade que prioriza o atendimento emergencial. Desta forma, vítimas de acidentes ou pessoas em quadro clínico de risco de morte têm prioridade no atendimento.

A comunicação explicou ainda que ao ingressar na UPA, os pacientes são recebidos por uma enfermeira e classificados com os cartões vermelho, que são os casos prioritários, atendidos imediatamente;  azul, que representa a média complexidade, atendida entre 15h minutos e 1h e o amarelo, onde estão os pacientes de baixa complexidade e que devem esperar até 2h, conforme a demanda.

As segundas-feiras, segundo a assessoria são, tradicionalmente, os dias mais complicados e onde existe uma procura maior pela UPA.

De acordo com a Prefeitura Municipal de São Carlos, de 300 atendimentos diários, 150 são de ficha azul. “Tem 4 médicos lá. Existe espera, mas é normal. Há muitos casos de urgência e emergência, que são o atendimento de prioridade”.