Pesquisa aponta que 42% dos professores já viram alunos drogados
No último dia 9, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeosp) publicou os resultados da última pesquisa sobre violência nas escolas. Realizada entre 18 de janeiro e 5 de março, a pesquisa ouviu 1.400 professores de 167 cidades do Estado.
Segundo a pesquisa, para os professores, a violência escolar remete não apenas a agressões, mas também à falta de respeito e de educação dos alunos. Das situações de violência que os professores afirmam testemunhar, 72% apontam alunos brigando, 62% dizem que foram xingados por alunos, 57% presenciaram alunos se ameaçando, 35% já foram ameaçados por alunos, o mesmo número de professores afirma ter tido algum bem danificado por estudantes, e 24% dizem ter sido roubados ou furtados.
Alunos sob efeito de drogas (42%), tráfico de entorpecentes (29%), alunos sob efeito de bebidas alcoólicas (29%), conhecimento de gangues (21%), alunos portando armas brancas (15%) e portando armas de fogo (3%) também são outras situações de violência que os professores costumam presenciar, segundo a pesquisa da Apeosp.
Questionada sobre o que a Apeoesp faz para tentar contornar essa situação, Ronaldo Mota, coordenador regional da entidade, diz: “Quem tem que fazer é o Estado. À Apeoesp cabe denunciar e apontar os motivos que levam a essa situação”.
Segundo ele, tal circunstância se deve à falta de estrutura das escolas e ao número excessivo de alunos por sala: “São grupos de alunos heterogêneos e isso aumenta a possibilidade de conflito entre os alunos e também entre alunos e professores”.
Além disso, ele apontou as condições de trabalho e salariais dos professores como um fator que contribui para o aumento da violência: “O salário irrisório que os professores ganham os obriga a trabalhar em duas ou três redes de ensino, o que aumenta a vulnerabilidade desses profissionais e cria dificuldades no desenvolvimento do trabalho, além de provocar doenças”, afirma Mota.



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