Organização Mundial de Saúde faz alerta contra tuberculose
A tuberculose tem sido motivo de preocupação para a Organização Mundial de Saúde (OMS) que na semana passada fez um alerta ao caso.
Segundo a Organização o mundo enfrenta uma encruzilhada na luta contra a tuberculose porque estima que o vírus possa levar a óbito milhões de pessoas, com o decorrer dos anos.
Em Washington, durante uma apresentação do relatório anual “Controle de Tuberculose Global 2012”, Mario Raviglione, diretor do departamento da OMS, afirmou que O impulso rumo à derrota desta doença está verdadeiramente em perigo.
Um ponto forte no documento apresentado é a produção de novos remédios, sendo eles os primeiros de 4 décadas, que podem ser comercializados no próximo ano. Porém para que isso aconteça é necessário investimento, e o relatório destaca o déficit de financiamento anual de U$ 1,4 bilhão para que a pesquisa e o desenvolvimento do tratamento se concretizem.
Segundo dados fornecidos pela Secretaria Estadual de Saúde. Houve aumento no número de mortes de pacientes com tuberculose, internados no Hospital Estadual de Américo Brasiliense. Em 2011 foram 186 pacientes internados e 2 mortes, até setembro de 2012 o número de internações já soma 158 pacientes e 3 mortes.
Sintomas
Uns dos principais sintomas da tuberculose são: a tosse inicialmente seca, porém após três semanas podem conter secreções amarelas, podendo conter ou não sangue, a febre não muito alta, o excesso de suor durante a noite e o emagrecimento, mal estar em geral, dor torácica, anorexia, aparecimento de gânglios pelo corpo, dificuldade para respirar, cansaço e urina no sangue. Esses sintomas são chamarizes para recorrer a um especialista.
Vale lembrar que os sinais e sintomas da tuberculose variam de acordo com a área afetada, por essa razão ao sentir qualquer sintoma é necessário buscar ajuda médica.
Segundo pneumologista Antonio Delfino Junior a doença pode progredir, principalmente a nível pulmonar, causando deterioração e progressão a outros órgãos.
Prevenção
Um dos fatores importantes de prevenção é evitar contato com os que estão infectados pela bactéria Bacilo de Koch (BK). “Existe o risco da pessoa contaminada pela bactéria da tuberculose continuar transmitindo a doença e com isso infectar muita gente”, afirma Antonio Delfino Júnior, pneumologista.
Também é recomendada a aplicação da vacina (BCG) logo nas primeiras semanas de vida. Adultos também podem se vacinar, mas antes deve passar por um exame chamado mantoux que vai detectar se o indivíduo tem ou não reações ao bacilo na pele.
O tratamento dura 6 meses, mas caso o indivíduo não siga corretamente as indicações médicas, o período pode demorar até 2 anos, se ele interromper o tratamento, as bactérias remanescentes ficam mais fortes, agravando a doença.
“É importante saber que mesmo com a cura da doença após o tratamento, pode permanecer bacilos em repouso em seu organismo e quando cai à resistência pode haver o reaparecimento da doença”, diz Delfino Júnior.
Doença milenar
A tuberculose é uma doença milenar existem relatos de sua presença em estudos realizados em múmias egípcias. Os mais antigos restos humanos que mostram sinais de infecções da doença tem 9 mil anos, por isso ela se faz presente desde a antiguidade.
No passado antigo quando a população era atingida por grandes males, entre eles a Tuberculose, eram então considerados castigos divinos.
Coube a Hipócrates identificar phthisis como a doença mais difundida do século XXX a.C. O reconhecimento foi como doença natural e não divina.



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