Obesidade infantil é tema de campanha
No último dia 5, o governo federal lançou uma campanha que tem por objetivo combater a obesidade entre crianças e adolescentes. Segundo dados oficiais, essa é uma doença que afeta 21,7% da população brasileira com entre 10 e 19 anos de idade. A campanha tem como foco os cinco milhões de alunos das escolas públicas, que realizarão cursos sobre nutrição e alimentação saudável.
Em 2011, o então vereador e pediatra Normando Lima, propôs ação junto às profissionais responsáveis pelas merendas escolares visando abordar essa questão: “Pedi que fosse feito um estudo junto às nutricionistas das escolas públicas para que tivéssemos sempre uma dieta balanceada para as crianças, de tal forma que elas pudessem receber uma merenda escolar que fosse propícia para sua necessidade calórica”, explica Lima.
Para o médico, estamos vivendo um momento em que as crianças estão se tornando obesas pelo excesso do fast food, dos salgadinhos de pacotinhos, pelas guloseimas, pelos lanches vendidos nas cantinas das escolas: “Somado a isso, temos uma ociosidade das crianças, que já não gastam toda energia que consomem”.
Dentre as conseqüências dessa situação, está o aumento do número de doença crônicas em crianças: “O número de crianças diabéticas subiu de forma extraordinária”, diz Lima, pediatra há 42 anos, e que afirma: “Quando me formei, fazíamos um diagnóstico por ano de diabetes na infância. Esse quadro evoluiu de tal forma que, infelizmente, estamos fazendo um diagnóstico desses por mês”.
Ana Carolina Garcia, nutricionista responsável pela merenda escolar do município aponta situação semelhante à descrita pelo pediatra. Segundo ela, quando a criança tem alguma necessidade especial de alimentação, eles são informados e recebem laudos indicando o tipo de doença crônica. Questionada se esses casos são em grande quantidade, ela diz: “São poucos, mas o número vem aumentando”.
Sobre as causas dessa situação, ela diz: “Controle-remoto, vídeo-game, computador, sedentarismo, aumento de alimentos altamente calóricos, fast foods, publicidade, que acaba atraindo a faixa etária das crianças”.
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