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Nova Canudos do Paulino Botelho ajuda professora africana

14/11/2012 11h49 - Atualizado há 13 anos Publicado por: Redação
Nova Canudos do Paulino Botelho ajuda professora africana

“A ideia surgiu no começo deste semestre. Juntamos o grupo, conversamos a respeito e achamos que seria muito legal fazer isso. Começamos a campanha, passamos em todas as salas explicando o projeto, pedindo materiais, falamos para quem seria, para onde iria… A escola inteira se mobilizou, conseguimos cadernos, mais de 300 lápis de cor, lápis normais, lapiseiras, canetas, borrachas, pincéis, guache, giz de cera…Parte desse material será enviado para Emelda”, explica Cristiano Parra Duarte, estudante do 2º colegial da ETC Pautlino Botelho, e diretor de Comunicação do grupo Nova Canudos.

Criado no início do ano, esse grupo recebe a cooperação da fundação sueca The World´s Children`s Prize (Prêmio das Crianças do Mundo), responsável pela publicação da revista The globe (O globo). E foi por meio desse revista, cuja versão em português é recebida pela ETEC, que os alunos entraram em contato com a história de Emelda Zamambo, inspiração para o projeto de captação e doação de materiais escolares.

Aos 12 anos, a moçambicana Emelda, que perdeu o pai assassinado e a mãe por causa da malária, é responsável pelo funcionamento de uma escola improvisada no quintal de sua casa, em Maputo. Aluna no período da tarde, a jovem é professora de algumas crianças que precisam de reforço escolar, e de outras que nem freqüentam uma escola em razão da pobreza. Como lousa, Emelda usa uma placa de compensado encontrada no bairro em que mora; e o giz que usa foi comprado com dinheiro do seu lanche.

O material escolar arrecada pelos alunos da ETEC Paulino Botelho foram postados no correio no dia 13, e devem chegar a Maputo dentro de 7 dias. Parte do material arrecadado será doado para a creche Nosso Lar, localizada na Vila Prado.

Mas a doação de materiais para a escola de Emelda não é a única ação empreendida pelo Nova Canudos este mês: “No dia 20 de novembro vamos comemorar os 22 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente. Nesse semestre trabalhamos em várias escolas ética e cidadania com crianças de todas as faixas etárias, e convidamos esses alunos para participarem do evento. É um espaço aberto para todas crianças, e teremos várias atividades: distribuiremos algodão doce, pipoca, teremos apresentações de circo…”, explica Cristiano.

Na comemoração também serão realizadas oficinas de reciclagem, de leitura, de música e doação e troca de livros. O evento começa às 14 horas e acontecerá na Praça Coronel Sales.

 

Moçambique

Localizada no sudeste africano, a antiga colônia portuguesa, que ficou independente em 25 de junho de 1975, tem preocupantes indicadores sociais: índice de desenvolvimento humano de 0,284, uma esperança de vida de 42,1, uma taxa de mortalidade infantil de 95,9/mil nascimentos e uma taxa de analfabetismo de 38,7%. Entre 1976 e 1992, o país atravessou uma guerra civil cujo saldo foi 1 milhão de mortos, sendo 454.000 crianças de idade inferior aos 15 anos, ou seja, 45% das vítimas. Além disso, 7.000 crianças tornaram-se deficientes em razão de ferimentos causados por minas terrestres.

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