Mortalidade feminina tem queda de 12% em 10 anos
De acordo com dados do Ministério da Saúde, casos de mortalidade feminina caiu 12% nos últimos 10 anos. No período de 2000 a 2010, houve redução da taxa de mortalidade de 4,24 óbitos por 100 mil mulheres para 3,72.
Esta redução de óbitos representa o quanto a assistência a saúde da mulher vem melhorando, além da conscientização feminina em se prevenir e cuidar do bem estar.
Entre as principais causas de mortalidade feminina estão as doenças do aparelho circulatório, como Acidente Vascular Cerebral (AVC) e o infarto, que aparecem em primeiro lugar representando 34,2%. No entanto, a taxa das doenças cerebrovasculares em mulheres, como o AVC, caiu de 43,87 em 2000, para 34,99 em 2010. As doenças isquêmicas do coração, como o infarto, também tiveram a taxa reduzida de 34,85 para 30,04.
Essas doenças têm como fatores de risco a falta de exercícios físicos e uma dieta rica em gordura saturada, que tem como consequência o aumento dos níveis de colesterol e hipertensão.
As neoplasias representam a segunda maior proporção de óbitos em mulheres em 2010, no total de 18,3%. Dentro das neoplasias, o câncer de mama tem o maior índice (2,8%), depois o câncer de pulmão (1,8%) e câncer do colo do útero (1,1%).
Todas as regiões do país tiveram suas taxas reduzidas. A maior redução foi verificada na região Sul do país (14,6%), seguida pela região Sudeste (14,3%). A região Centro-Oeste apresentou redução de 9,6%, enquanto as regiões Nordeste e Norte, apresentaram redução de 9,1% e 6,8%, respectivamente.
O acometimento de doenças em mulheres pode depender muito da fase da vida em que se encontram. De acordo a enfermeira do Grupo Condutor da Rede Materno-Infantil, Camilla Rozeti, na fase reprodutiva da mulher os diagnósticos mais comuns são os relacionados as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) em especial HPV e HIV. Já na fase gestacional ocorre a mortalidade materna decorrente de complicações da gestação. Na menopausa os diagnósticos envolvem diabetes, hipertensão arterial, obesidade, câncer de mama e de colo de útero.
Em comparação com os últimos 20 anos (1990 a 2010), a razão da mortalidade materna no Brasil caiu 50%. Em 2010, o índice chegou a 68 óbitos para cada 100 mil nascidos vivos.
O estudo do MS revela novo perfil da população feminina, apontando para envelhecimento desde público. Em 2010, a esperança de vida das mulheres era de 77,32 anos, enquanto a dos homens era de 69,73 anos, o que corresponde a uma diferença de mais de sete anos.
Para mulheres que estão na terceira idade, Rozeti faz recomendações. “A partir dos 40 anos de idade já deve começar a rastrear câncer de mama realizando mamografia anual além do rastreamento das dislipidemias e problemas relacionados a tireóide. Já a partir dos 60 anos, há uma diminuição na incidência de câncer (mama e colo), porém, se faz necessário um enfoque maior para prevenção e combate ao diabetes, hipertensão arterial, sedentarismo, obesidade, tabagismo e prevenção de quedas”, explica.



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