Lixo gera cerca de 170 toneladas dia em São Carlos
O Lixo urbano de São Carlos gera um volume de aproximadamente 170 toneladas dia. De acordo com monitoramento feito pela Prefeitura cada cidadão produz pelo menos 700 gramas de lixo diariamente, o que levou a um esgotamento do aterro sanitário da cidade, localizado na antiga fazenda Guaporé, zona norte da cidade e que teve até o final de 2011 sua capacidade totalizada em 800 mil toneladas.
Em entrevista ao jornal Primeira Página, o secretário de Serviços Públicos Nivaldo Sigoli, disse que como projeto ambiental do município Prefeitura e a São Carlos Ambiental Serviços de Limpeza Urbana e Tratamento de Resíduos, empresa ganhadora da licitação para coleta do lixo urbano e pela implantação de um novo aterro sanitário, terão de promover a conscientização da população para estimular a coleta seletiva não só de recicláveis, mas de lixo orgânico apropriado para a compostagem (processo biológico que consiste em deixar fermentar os resíduos agrícolas e urbanos, misturados ou não em terra vegetal). O novo aterro está orçado em R$ 18 milhões.
Segundo o secretário de Serviços Urbanos, de todo o volume coletado na cidade pelo menos 70% poderia ter outro destino que não o aterro sanitário. “É possível precisar que 20% do lixo urbano pode ser reciclado e cerca de 50% poderiam chegar à compostagem. A prefeitura implantou na horta municipal um processo de aproveitamento do lixo orgânico para que possa ser utilizado como adubo pelos produtores agrícolas da cidade”, afirma Sigoli. Com estes números cerca de 30% chegaria ao aterro sanitário como material que não teria reutilização, totalmente descartável.
“Ainda temos muito que progredir no processo de conscientização da população para adesão a coleta seletiva. O primeiro passo foi dado com a Parceria Público-Privada (PPP) para cuidar da coleta de lixo no município. O contrato com a São Carlos Ambiental premia a empresa pela redução de lixo no aterro. Quanto menos se usar o aterro sanitário e mais se estimular a reciclagem e também a diminuição da produção de lixo pela sociedade, mais a empresa será remunerada”, diz Sigoli. A PPP é realizada na modalidade de concessão administrativa e o contrato de 20 anos pode ser prorrogado por mais dez anos. A prefeitura ira investir pelo menos R$ 10,5 milhões neste ano no sistema de coleta de lixo da cidade, na media perto de R$ 871 mil mensal.
A coleta seletiva é um programa sob responsabilidade da Coordenadoria do Meio Ambiente desde 2002, conseguiu atingir 80% da área urbana, recolhendo “apenas” 120 toneladas mês. Para Nivaldo Sigoli é um volume muito pequeno para o tamanho de São Carlos. “A Cooperativa de Catadores de Matérias Recicláveis de São Carlos (Coopervida), composta por 50 associados, tem estrutura para recolher um volume muito maior para que o reciclável chegue a atingir os 20% da coleta do resíduo urbano”, diz.
Para mudar o comportamento do cidadão são-carlense incentivando o processo seletivo, tanto a Coordenadoria do Meio Ambiente juntamente como a empresa São Carlos Ambiental vem atuando em escolas públicas, associações de bairros e coordenadorias do Orçamento Participativo (OP) através de folhetos explicativos que mostram a vantagem de se reciclar, o que deve e pode ter um destino mais nobre que o aterro sanitário. Como exemplo é possível citar os varejões de hortifrutigranjeiros que produzem até 900 quilos de produto orgânico que na maioria das vezes vai para o lixo comum. “Os proprietários desses estabelecimentos preferem poluir o meio ambiente que levar este resíduo até a Horta Municipal onde se tem o programa de compostagem que transforma todos os produtos orgânicos em adubo para a agricultura”, exemplifica Sigoli.
Atualmente este programa de compostagem atinge cerca de 5 toneladas mês de adubo. A meta é atingir aproximadamente, 45 toneladas por mês para ser distribuído para os produtores cadastrados no programa de agricultura familiar ligados à merenda escolar.
DESCARTE IRREGULAR – Segundo dados da Secretaria de Serviços Públicos, São Carlos tem hoje cerca de 140 pontos de lixo clandestinos, onde são despejados de resido da construção civil a lixo caseiro. Para Nivaldo Sigoli as pessoas usam esses locais para abandono do lixo quando a prefeitura coloca disposição da população os eco-pontos e o aterro de RCD – resíduos de construção e demolição de forma gratuita. Atos dessa natureza configura-se como falta de cidadania e desrespeito a toda a população. “Em um mês a Prefeitura retirou cerca de 120 caminhões de lixo dos terrenos baldios da cidade. Isso equivale a 800 metros cúbicos. Este volume se da pela falta de fiscais suficiente para atender á demanda”, afirma o secretário. Ele diz ainda que o município gasta em torno de R$ 50 mil mês para a manutenção de atos de vandalismo contra o patrimônio público.
LIXO HOSPITALAR – São coletados por dia 1 tonelada por dia de resíduo de serviço de saúde. O veículo é preparado especialmente para esta coleta passa por todos os hospitais, ambulatórios e consultórios médicos da cidade e é transportado até Hortolândia onde recebe tratamento e destino especial.
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