Incidência de dengue diminui 71,8% em 5 meses
Em 2012, até maio, segundo o Centro de Vigilância Epidemiológica estadual, São Carlos registrou 18 casos, contra 64 no mesmo período do ano passado, queda de 71,8%. Essa estatística ganha peso se comparados os números de 2010 com o registro atual. De 2010 para2012 aredução de casos de dengue,em São Carlos, atingiu 90,5%. Naquele ano foram 191 registros de pessoas infectadas.
A infecção pelo mosquito Aedes aegypti registrou 92 casos em todo o ano de 2011 e 217 em 2010. Os números revelam que a maior incidência da contaminação da dengue se dá nos primeiros meses do ano, por conta do calor e chuva que criam um ambiente apropriado para a proliferação do mosquito. No entanto, com a possibilidade de um inverno chuvoso, os cuidados com objetos expostos ao clima devem ser redobrados.
A coordenadora da Vigilância Epidemiológica de São Carlos, Edel Zoia, afirmou que os dados mostram que o município, em parceria com a sociedade, fez o dever de casa. “Para se pensar em dengue primeiro passa pela situação epidemiológica que o estado e a região está vivendo. Se sabe que a doença é cíclica com anos que se apresentam com maior intensidade e outros com menor incidência”, afirmou.
Ela relata que em2012 adoença se mostra com menor transmissão, entretanto, esse fato tem de estar associado às ações de combate ao mosquito transmissor feita pelo poder público e da adesão da sociedade a essa campanha. “Poderíamos estar em um momento de menor incidência da doença e, no entanto, teríamos registros significativos de dengue, se as ações de combate ao transmissor não fossem regularmente realizadas”, revelou.
Edel Zoia enfatiza que o importante é se registrar como, onde e quando a doença aparece no município para poder intervir. O Serviço de Vigilância Epidemiológica de São Carlos já identificou que a maior ocorrência de casos da doença no município é principalmente nos meses de abril e maio.
Com esse dado, a Vigilância Epidemiológica procura antecipar as ações de controle e prevenção durante todo o ano, com agentes nas casas instruindo o morador sobre os hábitos que inibem a criar espaços aptos à proliferação do mosquito transmissor.
“A partir de novembro se intensifica o processo com o Mutirão Cidade Limpa e a contratação de mais pessoas para atuarem como agentes de saúde e tentar o máximo possível destruir os criadouros e barrar a proliferação do mosquito transmissor”, afirmou.
A coordenadora ressalta que outra ação importante é a detecção da pessoa infectada e a blindagem dela para evitar o contágio. “Quando a Secretaria de Saúde identifica essa pessoa infectada, todo o redor da casa onde vive, escola ou trabalho recebe uma atenção especial. Perto de nove quarteirões ao redor são vasculhados para tentar encontrar ali o foco transmissor”, relatou Edel Zoia.
Dengue cai 82% nos primeiros 5 meses do ano em SP
Balanço da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo aponta que o número de casos confirmados de dengue caiu 82% no Estado de São Paulo nos cinco primeiros meses do ano em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados fazem parte do boletim do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), da Secretaria.
Entre janeiro e maio deste ano, os municípios paulistas confirmaram, por meio do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan), 15.348 casos autóctones (contraídos dentro do Estado), enquanto nos cinco meses iniciais de 2011 foram registrados 85.411.
São Paulo trabalha, prioritariamente, com confirmação laboratorial de casos de dengue, por intermédio de exames de sorologia realizados na rede de laboratórios do Instituto Adolfo Lutz.
A Secretaria de Estado da Saúde investe R$ 40 milhões anualmente no combate a dengue. No segundo semestre do ano passado a pasta lançou o Plano de Intensificação das Ações de Vigilância e Controle da Dengue, mobilizando prefeitos e gestores de saúde de 283 municípios paulistas considerados prioritários, definidos com base na série histórica de dengue, índices de infestação predial e densidade populacional.
Dentre as medidas previstas, estavam o apoio aos municípios para as visitas casa a casa e treinamentos para equipes de saúde.
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