Idosos têm diversas opções para realizar atividades físicas
No Brasil, o percentual de idosos na população segue em crescimento, conforme mostram os números divulgados pelo Censo 2011. Consequentemente, há uma maior incidência de doenças associadas ao envelhecimento, sendo a dependência um dos problemas que mais afeta a qualidade de vida dos idosos. Neste contexto, a prática regular de atividade física exerce papel fundamental para evitar as incapacidades associadas ao envelhecimento, além de promover saúde e longevidade.
Seja no Parque do Bicão, no Parque do Kartódromo ou nos campi da Fundação Educacional de São Carlos (Fesc), o que não faltam são programas e turmas criados com o objetivo de estimular a prática de atividades físicas na terceira idade.
Um exemplo disso é o programa educacional Universidade Aberta da Terceira Idade (Uati), promovido pela Fesc do qual adultos a partir de 40 anos e idosos têm a oportunidade de desfrutar de atividades como Tai Chi Chi Kung, Expressão Corporal, Promoção da Saúde e Fisioterapia, além de outras modalidades.
De acordo com Elisete Silva Pedrazzani, diretora presidente da Fesc, a fundação também realiza, em parceria com a Universidade Federal de São Carlos, o Projeto “Revitalização Geriátrica”, que atende cidadãos acima de 60 anos e avalia de que maneira a prática de atividade física influencia no estado físico e psicológico do idoso. “Cerca de 160 pessoas são atendidas pelo programa, que acontece três vezes na semana e tem avaliação trimestral, na qual são feitos testes de equilíbrio, flexibidade, alongamento e medições tanto pela equipe da Ufscar quanto da Fesc. Este acompanhamento é feito desde 2004, quando o projeto teve início. Tendo em vista que a demanda é muito grande, nós avaliamos a possibilidade de ampliar a iniciativa para o Campus II da Fesc e formar novas turmas”, relata.
Na opinião de Elisete, o exercício físico proporciona uma melhora nítida e extremamente importante em diversos aspectos da vida de pessoas na terceira idade. “É difícil iniciar, porém após dar o primeiro passo há, além de uma melhora individual do estado de saúde da pessoa, uma melhora nas relações interpessoais, já que são atividades realizadas em grupo, o que também reflete em benefícios no convívio familiar. Ou seja, é uma somatória de fatores que contribui para uma melhor qualidade de vida como um todo”, ressalta a diretora.
Este é o caso da professora aposentada Maria de Lourdes que, aos 68 anos, pratica caminhada três vezes durante a semana na pista de saúde da Fesc. Ela conta que o exercício lhe trouxe fortalecimento muscular e equilíbrio, o que lhe auxilia na realização de suas atividades diárias.”Alguns estudos mostram que os estímulos que recebemos quando caminhamos aumentam a coordenação e fazem com que o cérebro responda melhor a outras atividades. No meu caso, foi muito benéfico, estou bem mais disposta do que há dois anos, quando era sedentária”, avalia.
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