Grupo contra o governo Dilma colhe assinaturas por autonomia da PF

02/04/2016 16h10 - Atualizado há 9 anos Publicado por: Redação

Movimentos que fazem oposição ao governo Dilma Rousseff, ao PT e que apoiam os trabalhos de investigação da Operação Lava Jato estão colhendo assinaturas de apoio ao Projeto de Emenda à Constituição 412 (PEC 412), que altera o § 1º do art. 144 da Constituição Federal, dispondo sobre a organização da Polícia Federal. Ela dispõe que Lei Complementar organizará a Polícia Federal e prescreverá normas para sua autonomia funcional, administrativa e de elaboração de proposta orçamentária.

Ao lado da barraca onde as assinaturas são colhidas, os organizadores inflaram um grande Pixuleco (boneco do ex-presidente Lula vestido de presidiário). Ivan Duarte Pinheiro, um dos organizadores do Movimento Brasil, junto com pessoas de Ribeirão Preto, trouxe o Pixuleco, que está rodando o Brasil, para a Praça do Mercado em São Carlos: “Trouxemos para as pessoas verem, elas ficam curiosas, tiram fotos. Virou um boneco de estimação, instiga a curiosidade. As pessoas têm reagido de forma positiva, estão indignados com o governo, são poucas as que apoiam o governo. Estamos aqui como maioria dos brasileiros, demonstrando a nossa indignação, a irritação com tudo o que está acontecendo no cenário político hoje”, afirmou.

Questionado sobre como o movimento tem avaliado os acontecimentos da semana, ele afirma: “Conversamos muito sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal de manter parte da investigação do Lula no STF, e não estamos de acordo. O processo começou com o Moro e achamos que ele deve continuar com o Moro. Mas é constitucional, está na lei, respeitamos a decisão do Supremo”.

A previsão é que eles fiquem até o dia 30 de abril mobilizados na Praça do Mercado colhendo assinaturas, e esperam colher em São Carlos entre 15 mil e 20 mil: “Em dois dias chegamos a quase mil assinaturas”, afirma Pinheiro.  

Nos próximos dias, o grupo vai ficar das 9h às 18h na Praça do Mercado: “Essas assinaturas que estamos recolhendo vão direto para o Ministério Público ou para o Congresso”.