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Equoterapia ajuda portadores de deficiência

30/10/2012 10h53 - Atualizado há 13 anos Publicado por: Redação
Equoterapia ajuda portadores de deficiência

O Centro Hípico Damha há cinco anos mantêm um projeto de Equoterapia que consiste em um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas portadoras de deficiência ou com necessidades especiais.

Praticantes com deficiências mentais, déficits cognitivos, distúrbios de aprendizagem, distúrbios comportamentais e sociais, transtornos invasivos, como o autismo, são amplamente beneficiados pela equoterapia.

O Centro Hípico Dahma oferece 10 vagas aos alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) aulas gratuitas de equoterapia através de uma seleção feita pela própria associação que encaminha crianças e adolescentes de acordo com suas necessidades. Além desse projeto existe os Amigos da Equoterapia que consiste em parceria com empresas da cidade que adotam um praticante assumindo o pagamento de sua mensalidade.E o projeto Vivendo a Cavalo com apoio da Prefeitura Municipal de São Carlos e atende gratuitamente nove pessoas. 

A praticante Julia Teixeira Fernandez de 10 anos é portadora de autismo e participa das aulas de Equoterapia do Dahma há quatro anos. De acordo com o pai, Flavio Fernandez, muitas melhoras já são perceptíveis, principalmente em relação ao equilíbrio. “Julia não parava sentada sozinha, não tinha equilíbrio algum. Agora fica em cima do cavalo corretamente muita segurança sem precisar de apoio”, afirma.

A fisioterapeuta do projeto, Rita Hammound, explica que a primeira manifestação que acontece em uma pessoa montada a cavalo é o ajuste tônico. Quando o cavalo anda ao passo, esse ajuste tônico automático torna-se rítmico, e a adaptação ao ritmo é uma das peças mestras da Equoterapia, pois ela exige do praticante que faça contrações e relaxamentos simultâneos de grupos musculares com funções opostas, o que caracteriza um enorme benefício para pacientes.

Além disso, esses ajustes ritmados determinam uma movimentação ósteo-articular que promove um grande número de informações proprioceptivas, ou seja, provenientes de articulações, músculos e tendões.

Os animais destinados aos trabalhos são muito especiais. Extremamente mansos e confiáveis, passam por treinamento específico para essa atividade. Assim, acolhem com todo carinho e sem nenhuma distinção todos os seus cavaleiros.

Hammmoud comenta que o sentimento de empatia e afetividade que inevitavelmente acaba sendo despertado pelo praticante em relação ao cavalo, aliado ao fato de se praticar uma atividade física/esportiva, lúdica e divertida ao ar livre.

“A Equoterapia, graças à gentileza incondicional do cavalo, é uma excelente oportunidade para a realização de atividades e jogos com objetivos pedagógicos, os quais trabalham as habilidades cognitivas tais como atenção, memória, percepção, raciocínio, linguagem, inteligência emocional, noção temporal e noção espacial nos aspectos do esquema corporal e dominância lateral”, explica a fisioterapeuta.

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