Docentes aderem à greve para impulsionar negociações
Professores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) aderiram à paralisação junto aos docentes dos campi de Araras e Sorocaba, que deram inicio à greve no dia 15 de junho.
De acordo com o 1º secretário da Associação dos Docentes da Universidade Federal de São Carlos (Adufscar), Luis Carlos Gomide Freitas, a ação dos docentes de São Carlos tem como objetivo forçar politicamente o governo federal a debater e finalizar as negociações.
As propostas apresentadas pelo o Ministério da Educação e do Planejamento estão próximas com as propostas exigidas pela Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes). Sendo que algumas já foram acordadas e outras estão em renegociação.
Hoje são 283 docentes paralisados nos três campi da UFSCar. Na quarta-feira (18), houve um protesto em Brasília com a participação dos servidores públicos federais da instituição que se concentraram na Esplanada dos Ministérios. Na ocasião, os técnico-administrativos também participaram da manifestação.
O Proifes propôs ao governo que haja duas carreiras, Magistério Superior (MS) e Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT) com idêntica valorização do ponto de vista salarial e com a mesma estrutura, conforme o conquistado pela entidade em 2008. A proposta do governo, por outro lado, contempla a preservação e a existência das classes.
Gomide explica que a classe luta para que as negociações se encerrem até o início de agosto, para que as mudanças sejam incluídas na proposta orçamentário feita no final do mês pelo Ministério do Planejamento e Casa Civil.
O Ministério do Planejamento informou que a proposta de reajuste dos professores universitários oferecida pelo governo federal na última sexta-feira, 13, proporciona a todos os docentes ganhos salariais acima da inflação até 2015. Já os professores dizem que a inflação vai corroer o salário até 2015.
A próxima reunião entre representantes do sindicato e docentes com governo federal está agendada para segunda-feira, 23. Até lá, a greve, que dura dois meses, continuará.
Para os estudantes, caso a greve continue, o prejuízo fica por conta do início das aulas do próximo semestre. Se as aulas foram adiadas, provavelmente, os dias de paralisação serão repostos até meados de dezembro.
Em nota, a coordenadoria de comunicação Social (CSS) da UFSCar expressa o reconhecimento da greve como um direito dos trabalhadores e apoia às reivindicações de ambas as categorias. Reafirmando a postura de, internamente à instituição, estar sempre abertos ao diálogo com todas as categorias da comunidade universitária e ressalta que, no âmbito externo, está atuando juntamente à Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), buscando facilitar negociações que permitam que as universidades voltem ao seu funcionamento regular o mais brevemente possível.



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