“Com a seca, situação estava muito pior”, diz coordenadora de UPA
“Com a chuva nosso atendimento nas 24h/dia reduziu para 20%. Estamos atendendo 290 pacientes 24/dia. O que temos atendido muito nestes últimos dias são pacientes com agravos como bronquite, asma, que com o frio se agravam mais. E também idosos com doenças cardiovasculares”, diz Regiane Figueira, coordenadora da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Prado, que completa: “Mas com a seca a situação estava muito pior”.
Mas embora tenha havido queda, o frio e a umidade inspiram cuidados a certos tipos de pacientes: “Nosso sistema de defesa respiratório responde a três influências: umidade, temperatura e qualidade do ar do ambiente. No frio, nossa produção de muco é afetado: ou o produzimos em excesso, ou ele fica endurecido, e isso nos prejudica do ponto de vista mecânico, pois por isso acabamos limpando menos eficazmente nosso sistema respiratório”, explica Carlos Vianna, pneumologista do Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas de São Paulo, e membro da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT).
“E em certas pessoas”, completa Vianna, “esse conjunto pode se tornar mais perigoso: crianças com menos de dois anos, idosos e pessoas com doenças crônicas (como enfisema, bronquite, asma, câncer…) têm maior risco nessas circunstâncias. É importante a pessoa conversar com seu médico sobre as vacinas, de gripe ou pneumonia, manter as doenças de base bem controladas, e atentar para o ambiente em que ficam, sem muita umidade, mofo, infiltração”, explica o pneumologista.
Para o médico “é importante também a hidratação. Mas há um alerta: a hidratação depende de pessoa a pessoa; em certas condições o excesso de água pode ser prejudicial. Daí a importância de, no caso de uma doença crônica, questionar o médico sobre a forma correta de hidratação”, alerta o pneumologista do Incor.
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