Cirurgias em São Carlos começam no fim do mês
O secretário de Saúde de São Carlos, Edilson Seraphim Abrantes, admitiu que somente no final de janeiro poderão ser iniciadas as cirurgias eletivas – aquelas que não são de emergência. Estão paralisadas no Sistema Único de Saúde (SUS), em São Carlos exatos 2.999 procedimentos, segundo cálculos do próprio secretário.
“Dependemos de leitos disponíveis do SUS na Santa Casa para o pós-operatório. Ao todo são 202 leitos, incluídas as Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e pediatria”, relatou, ao acrescentar que para cirurgias são 32 leitos ao todo disponíveis na Santa Casa.
Ele disse que está avaliando pessoalmente os casos para definir a prioridade e se esse número corresponde integralmente à necessidade de intervenções cirúrgicas.
Abrantes afirmou, contudo, que entre as cirurgias, próximo de 112 eram oncológicas e que mais da metade já foi realizada pela equipe da Santa Casa.
Ele avaliou que são poucos leitos disponíveis para atender ao pós-operatório e que pretende usar horários fora do usual como feriados e finais de semana para realizar as cirurgias e poder contar com as vagas necessárias.
O secretário disse que tem uma reunião marcada para a próxima segunda-feira com a direção da Santa Casa para tentar definir os leitos disponíveis para o mutirão de cirurgias eletivas que ele afirmou que irá realizar assim que foi anunciado como secretário de Saúde, em 7 de dezembro.
“Espero poder contar com alguns leitos extras instalados no andar clínico da Santa Casa”, disse. Mas ele afirmou que não saberia dizer quantas vagas a mais poderia ter já que o hospital tem alas em reforma e isso atrapalha nesse momento a logística do mutirão de cirurgias eletivas.
Entretanto, o secretário de Saúde não retomou a afirmação de que usaria hospitais particulares para dar conta, em um curto espaço de tempo, da empreitada de cirurgias.
A estimativa para a realização das cirurgias gira em torno de três meses. Para o início do mutirão já foram deslocados para a pasta de Saúde R$ 9 milhões do Orçamento da cidade para o custeio das operações.
Abrantes, entretanto, ainda não tem o custo exato das cirurgias via tabela SUS, já que cada caso é um caso, como ele salientou. “Os R$ 9 milhões do Orçamento municipal serão para complementar os custos dessas cirurgias, caso excedam o valor coberto pelo SUS”.
PREVENÇÃO – Em entrevista à imprensa local, Abrantes afirmou que ao visitar as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Prado e do Cidade Aracy, no dia 1º de janeiro, após a posse de Paulo Altomani, constatou que os pacientes ali não tiveram atendimento preventivo nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
“Constatei e comentei com o prefeito que muitos dos pacientes não tiveram o atendimento preventivo, que é uma resolução das unidades básicas”.
Ao Primeira Página, em 12 de dezembro, Abrantes afirmou que pretendia fortalecer as UBS, pois é nelas – segundo ele – que se faz prevenção e diagnóstico.
“Temos de remontar as UBS que foram deixadas de lado pela atual gestão. São nelas que se consegue identificar previamente o que poderia se tornar um problema crônico com o passar do tempo”, afirmou.
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