Dilma diz que não pode obrigar redução de preço da cesta básica
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira, 15, que “não é possível” que os preços dos produtos da cesta básica aumentem depois da desoneração dos tributos federais, mas ponderou que o governo irá usar o diálogo e a persuasão com empresários, porque “a relação do prende e arrebenta acabou”.
Dilma defendeu que a queda nos preços da cesta básica, após a desoneração, é um “processo” e disse confiar na consciência dos empresários e produtores, que também têm a ganhar com a redução dos preços por um esperado aumento do consumo.
Na sexta-feira passada, a presidente anunciou em pronunciamento de TV a desoneração de todos os impostos federais da cesta básica. Outros oito dos 13 produtos já tinham alíquotas zeradas e o governo também incluiu três itens de higiene pessoal na cesta.
“Nós precisamos que essa consciência seja também dos empresários, dos senhores donos dos supermercados, dos produtores, para que de fato a desoneração seja algo que todo mundo ganhe”, disse ela.
Dilma afirmou que o governo continuará a se reunir com empresários para estimular que eles repassem a redução.
“A relação do prende e arrebenta acabou. O governo não faz isso, o governo dialoga, persuade. E é uma questão também que beneficia o empresário. Porque se ele tiver desoneração, ele vai ter mais renda. É muito mais pelo lado da persuasão do que pela ameaça ou da coação”, acrescentou.
Sobre a queixa de alguns setores de que o valor das embalagens não baixaram, a presidente disse que não é motivo para não haver reduções.
“O conteúdo foi (desonerado). Então, retirem o custo do conteúdo, mantenham da embalagem. O que não é possível é aumentar os dois”, afirmou.
LIBERDADE DE EXPRESSÃO
Sobre a crítica do presidente da Câmara de Gestão e Competitividade do governo, Jorge Gerdau, de que é uma “burrice” manter número elevado de ministérios, Dilma defendeu a liberdade de expressão.
“Todas as pessoas tem direito de criticar este governo”, disse ela.
O Congresso acabou de aprovar projeto de lei enviado pelo Planalto que ampliou o número de ministérios e secretarias do governo com status de ministério a 39, com a criação da pasta de Micro e Pequenas Empresas, promessa de campanha de Dilma em 2010.
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