Professores aprovam acordo com 5,7% de ganho na renda

Greve histórica

16/04/2025 16h10 - Atualizado há 2 meses Publicado por: Redação

Em Assembleia da categoria realizada na tarde de terça-feira (15), os professores do Sesi SP aprovaram um acordo que garante um ganho real de 0,83% nos salários.

O índice de reajuste ficará em 5,7%, incidindo 5,2% sobre os salários e 0,5% na hora-atividade, que é paga também de forma mensal.

A categoria havia decidido por uma paralisação em 31 de março e 1º de abril, como forma de resistência contra o patronal e visando melhor reajuste salarial, entre outras reivindicações que estavam na pauta. Essa foi a primeira greve realizada nas escolas do Sesi SP em 30 anos, na qual houve adesão parcial ou total dos professores das 26 bases da Fepesp em São Paulo. A greve histórica foi confirmada na noite de 27 de março, embora houvesse forte mobilização das diretorias do Sesi para tentar evitá-la.

O presidente da Fepesp e do SinproSP, Celso Napolitano, avaliou que “foi através da greve que o Sesi quebrou a resistência na mesa de negociação”. Ele também parabenizou os professores por todo o empenho durante a campanha salarial.

A proposta foi oficialmente formalizada na tarde de terça-feira, durante a audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho, a qual reuniu a Fepesp (Federação dos Professores do Estado de São Paulo), representando os 26 sindicatos de professores do Estado e todos os representantes do Sesi.

A proposta foi aceita com aprovação da grande maioria e contempla mudança no valor da hora atividade, que era anteriormente no percentual de 15% e passa a ser de 15,5%; abono de faltas aos grevistas e garantia da estabilidade de emprego à todos os professores que aderiram ou não à greve, até dia 15 de maio.

A aprovação também engloba os efeitos retroativos a 1º de março, que é a data base da categoria. Nas escolas Sesi SP do Estado de São Paulo, atuam pelo menos cerca de 4 mil docentes.

Após a greve e a negociação, estão garantidas as manutenções de cláusulas até 2026, do atual Acordo Coletivo de Trabalho.