IGP-M desacelera alta para 0,15% na 1ª prévia de março
O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) subiu 0,15 por cento na primeira prévia de março, ante elevação de 0,41 por cento no mesmo período de fevereiro, uma vez que a desaceleração dos preços no atacado e na construção compensaram o avanço no varejo, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira, 8.
Em relação ao fechamento de fevereiro, o indicador também mostrou desaceleração, após alta de 0,29 por cento.
Os preços dos produtos agropecuários vêm registrando deflação no atacado no início deste ano, embora esse ritmo de queda venha perdendo força, como mostra o IGP-M. As preocupações com a inflação alimentam debates sobre a possibilidade de a Selic ser elevada ainda no primeiro semestre.
Na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom), decidiu manter a taxa básica de juros em 7,25 por cento, em votação unânime, mas deixou o próximo movimento de política monetária em aberto.
Na primeira prévia de março, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60 por cento do índice geral, teve variação zero, ante avanço de 0,37 por cento em igual período de fevereiro.
Em relação à origem dos produtos, os agropecuários registraram queda de 0,41 por cento, após deflação de 1,50 por cento anteriormente. Já a alta dos industriais desacelerou para 0,16 por cento, ante 1,12 por cento em fevereiro.
Entre os estágios de produção, os preços dos Bens Finais avançaram 0,73 por cento, ante 1,05 por cento anteriormente. Contribuiu para este movimento o subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 0,27 para -0,90 por cento.
No segmento Bens Intermediários, houve queda de 0,47 por cento, ante alta de 1,16 por cento em fevereiro. A principal contribuição partiu do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, que passou de 0,86 para -0,94 por cento.
Já o índice de Matérias-Primas Brutas apresentou variação negativa de 0,30 por cento, contra queda de 1,31 por cento por cento no mês anterior. Os itens que mais influenciaram foram soja em grão (-9,32 para -2,97 por cento), minério de ferro (2,83 para 5,47 por cento) e aves (-2,25 para -0,24 por cento).
VAREJO
Já o Índice de Preços ao Consumidor, com peso de 30 por cento no índice geral, acelerou a alta para 0,53 por cento, contra 0,20 por cento visto anteriormente.
Quatro das oito classes de despesas componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação, sendo que a maior contribuição partiu de Habitação, com alta de 0,20 por cento após queda de 1,45 por cento em fevereiro.
Nesta classe de despesa, destacou-se o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de -12,80 para -2,19 por cento.
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou elevação de 0,27 por cento, desacelerando ante alta de 1,15 por cento na primeira apuração de fevereiro.
O resultado do INCC, que responde por 10 por cento do IGP, foi puxada pela mão de obra, com alta de 0,12 por cento após avanço de 1,39 por cento em fevereiro. Os preços de materiais, equipamentos e serviços desaceleraram a alta a 0,42 por cento, ante 0,90 por cento anteriormente.
Além de medir a evolução do nível de preços, o IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel.
A primeira prévia do IGP-M calcula as variações de preços no intervalo entre os dias 21 e 28 do mês de fevereiro.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulga ainda nesta sexta-feira os dados de fevereiro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
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