Ibovespa sobe, apoiado no clima positivo de Wall Street
O principal índice acionário da Bovespa encerrou a terça-feira, 26, em alta, com a melhora de humor em Wall Street ofuscando preocupações sobre os desdobramentos da eleição inconclusiva na Itália.
O Ibovespa subiu 0,59 por cento, a 56.948 pontos, numa sessão instável – o índice oscilou entre queda de 1,0 por cento e alta de 0,69 por cento. O giro financeiro do pregão foi de 8,19 bilhões de reais.
Papéis como os da petrolífera OGX e da mineradora Vale mostraram elevada volatilidade na sessão, mas terminaram o dia no azul e foram as principais influências positivas para o índice.
OGX subiu 3,98 por cento, a 3,40 reais, e a preferencial da Vale teve alta de 2,54 por cento, a 35,15 reais.
Apesar da recuperação nesta sessão, a mineradora deve anunciar na quarta-feira, após o fechamento do mercado, seu primeiro prejuízo trimestral em dez anos.
Por outro lado, a preferencial da petrolífera Petrobras perdeu 1,24 por cento, a 16,74 reais, sendo a principal pressão negativa para o índice.
Para o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, o avanço do Ibovespa na sessão pode ser entendido como um “ajuste técnico”, apoiado na recuperação dos índices norte-americanos.
Declarações do chairman do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, e dados econômicos melhores que o esperado do país deram o tom positivo aos negócios em Wall Street.
Falando perante o Congresso norte-americano nesta terça-feira, Ben Bernanke defendeu fortemente o programa de compra de ativos do banco central dos EUA, aliviando temores sobre a continuidade do programa.
Em Wall Street, o índice Dow Jones subiu 0,84 por cento e o S&P 500 avançou 0,61 por cento.
Já o principal índice europeu de ações amargou queda de 1,36 por cento, pressionado por preocupações de que o impasse político na Itália resulte em nova crise para a região. As eleições parlamentares na terceira maior economia da zona do euro terminaram sem um vencedor claro.
Para Guido Chagas, sócio-sênior da Humaitá Investimentos, a notícia pesou “menos do que deveria” nos mercados. “O risco de solvência soberana poderia voltar à tona”, afirmou.



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