Profissão de cuidador de idosos pode ser promissora
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 20 milhões de brasileiros já têm mais de 60 anos. E até 2050, 50% da população do país será idosa. Com o aumento da população de idosos, a profissão de cuidadores é cada vez mais procurada.
Em 2012, a profissão foi regulamentada e, consequentemente, a procura pela profissionalização na área aumentou. Em São Carlos existe o curso de Cuidador de Idosos, oferecido pelo Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), que já formou três turmas.
Para atuar na área, é preciso ter mais de 18 anos, ensino fundamental completo e curso de qualificação específico, feito em instituição de ensino reconhecida pelo Ministério da Educação.
Juliana Lima Martins, enfermeira e professora do curso Cuidador de Idosos do Senac, afirma que esta é uma profissão nova, mas a função sempre existiu. “Como profissão regulamentada é nova, mas antigamente já existia essa função, só que de forma informal e leiga. Normalmente, a parte de cuidados com os idosos era exercida por seus familiares e amigos, os quais não tinham embasamento para este tipo de cuidado”, afirma. “Como os idosos estão vivendo mais e tendo mais qualidade de vida, a tendência dessa profissão crescer ainda mais é muito grande”.
Atualmente, segundo Juliana, a procura pelo curso já é muito alta. “As pessoas têm interesse fazer o curso, pois além de ser uma exigência para exercer a profissão, também é um respaldo para o próprio cuidador”.
Já foram formadas mais de 45 pessoas no curso de São Carlos e a professora percebe que a maioria está empregada. “Só não está trabalhando quem realmente não quer. A procura pelo curso aqui em nossa unidade é muito grande”.
O curso tem a duração de aproximadamente 160 horas e capacita as pessoas para cuidar dos idosos identificando suas necessidades e expectativas em relação a vários aspectos da vida cotidiana, respeitando sua individualidade, incentivando sua autonomia e independência, além de estimular sua capacidade funcional para garantir-lhes qualidade de vida.
“Para trabalhar nessa área a pessoa tem que ter boa vontade e gostar realmente de idosos. Afinal, o idoso não é como uma criança que você ensina a falar e a andar; ele já tem a verdade dele e o cuidador vai somente auxiliar, facilitar e melhorar sua qualidade de vida”, explica a enfermeira.
A aluna do curso do Senac, Valquíria Ribeiro da Cruz, sempre trabalhou como auxiliar de enfermagem, mas fez o curso e trabalha como cuidadora há aproximadamente um ano e meio. Ela diz que até agora não encontrou dificuldades. “Eu gosto muito de pessoas idosas, como sempre atuei como auxiliar de enfermagem, já tinha certo conhecimento, mas procurei a profissionalização para saber mais a respeito. Trabalhar com o idoso é, para mim, um serviço muito gratificante, mas exige paciência e responsabilidade. Também é necessário saber respeitar os limites deles, passar a confiança para o paciente e para seus familiares. Eu quero que eles tenham sempre uma boa qualidade de vida”, fala a aluna.
“A palavra-chave do curso é paciência. Nós temos que saber o significado dela o tempo todo. Outra que destacamos bastante é o respeito, porque tratar todo mundo trata, mas cuidar é uma dedicação especial”, finaliza a professora Juliana.



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