UE propõe reformas para tornar futebol transferente
O sistema de transferências no futebol precisa ser reformado para permitir uma distribuição mais justa do esporte, disse a Comissão Europeia (o poder executivo da União Europeia) em um relatório nesta quinta-feira, 7.
O texto diz que “pouquíssimo” dos quase 3 bilhões de euros (4 bilhões de dólares) gastos anualmente por clubes europeus em transferências vão para clubes pequenos ou categorias de base. “O atual sistema continua a beneficiar principalmente os clubes mais ricos, os jogadores superastros e seus agentes.”
O número de transferências no futebol europeu triplicou entre 1995 e 2011, e as quantias gastas pelos clubes se multiplicou por sete, mas a maior parte disso se concentrou num pequeno grupo de clubes mais ricos, segundo o relatório.
“A situação só está aumentando os desequilíbrios que existem entre os que têm e os que não têm, já que menos de 2 por cento das transferências se filtram até os clubes menores e o esporte amador, que são essenciais para o desenvolvimento de novos talentos”, diz o relatório.
“O nível de redistribuição de dinheiro no esporte, que deveria compensar os custos de treinamento e educação de jovens jogadores, é insuficiente para permitir que clubes menores desenvolvam e rompam o estrangulamento que os clubes maiores continuam a ter sobre as competições desportivas.”
A Comissão Europeia disse apoiar a política do Fair Play Financeiro, que está sendo implementada pela Uefa (entidade que dirige o futebol europeu), para limitar os gastos de grandes clubes.
Pelas novas regras, os clubes só poderão disputar torneios europeus se gastarem menos do que arrecadam.
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