Juízes atestam amadurecimento eleitoral

24/12/2012 17h35 - Atualizado há 13 anos Publicado por: Redação

Os juízes eleitorais de Ibaté e Itirapina, respectivamente Milton Coutinho Gordo e Cyntia Andraus Carretta, analisaram o processo eleitoral dessas cidades e paralelamente da região. A unanimidade, entre os magistrados, ficou por conta do amadurecimento da democracia percebido no pleito.

O processo eleitoral das duas cidades se encerrou anteontem com a diplomação do prefeito José Maria Cândido (PMDB) de Itirapina. Na última sexta-feira ocorreu a diplomação do prefeito eleito Alessandro Magno Melo Rosa (PSDB), de Ibaté. Todos em conjunto com os vereadores eleitos.

Para a juíza Cyntia Carretta, a região, que tem uma disputa acirrada nas eleições municipais, se mostrou madura. “Nós vimos uma festa da democracia, mais um teste onde nós tivemos um sucesso na escolha dos governantes”, ressaltou.

Mesmo dentro de um panorama que ela classificou de litigioso como o histórico de outras eleições comprova, não ocorreu incidentes ou contravenções que ferissem a legislação eleitoral.

A juíza foi além ao afirmar que o eleitor, nesse momento, se colocou como um deles. Está cansado de ver impunidades e o mau uso do dinheiro público. “Vivemos uma eleição que teve como aliada a Lei da Ficha Limpa. Como foi uma iniciativa popular, essa lei foi uma reação contra os inúmeros escândalos na área política que o País vivenciou”, disse.

Já o juiz Milton Gordo, que cuidou das eleições em Ibaté, afirmou que o processo transcorreu de acordo com que era esperado. “Em alguns momentos os ânimos ficaram um pouco mais acirrados, mas o dia da eleição transcorreu com uma normalidade que até me surpreendeu”, disse.

Na sequência ocorreu uma série de manifestações populares na cidade que colocou em dúvida a lisura das eleições. Na ocasião foi levantada a hipótese de que as urnas eletrônicas haviam sido adulteradas para beneficiar o candidato que vendeu as eleições.

“Nós fizemos uma audiência de verificação e acredito que as suspeitas foram sanadas com a comprovação de que não houve fraude. As pessoas que estiveram presentes se deram por satisfeitas com os esclarecimentos que foram prestados”, disse.

Representantes de partidos, acompanhados do promotor de justiça e do juiz eleitoral da cidade, estiveram no Cartório Eleitoral para acompanhar o trabalho de conferência das urnas em novembro. Ao todo 16 equipamentos foram avaliados.

Segundo o técnico judiciário Marco Aurélio Cândido, um sistema especial comprovaria que as urnas não foram violadas. “Nós vamos fazer uma verificação pós-eleição com uma mídia que o próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fornece e com isso vamos mostrar que dentro das urnas estão os nomes e as fotos dos candidatos que concorreram nas eleições agora”, afirmou.

Somente Ibaté e Santa Cruz das Palmeiras mostraram suspeita semelhante quanto à vulnerabilidade da urna.