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Mortalidade infantil registra maior índice em 8 anos

04/09/2012 19h11 - Atualizado há 13 anos Publicado por: Redação
Mortalidade infantil registra maior índice em 8 anos

A mortalidade infantil de São Carlos, em 2011, segundo a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) ficou em 11,4% maior que o índice registrado em oito anos. Dados revelam que de 2.903 nascimentos, 33 morreram.

 

Os índices de Araraquara (11,6%) e de Rio Claro (16,8%) mostram que São Carlos ainda registrou taxas de mortalidade menores.

Anteriormente, o maior índice registrado na cidade foi em 2004 com 2.814 nascimentos e 30 mortes (10,7%). No período de oito anos, a maioria dos índices de mortalidade ficou a taxas menores que 9,2%. (Veja Gráfico)

O secretário municipal de Saúde, Marcos Vinícius Bizzarro, afirmou que, ao perceber o aumento de casos no final do ano passado, vem monitorando a taxa de mortalidade e nos primeiros seis meses do ano ocorreu uma redução próxima a 30% em relação ao mesmo período de 2011. “De janeiro a julho ocorreram 14 óbitos, diferente dos 22 registrados no ano passado no mesmo período”, comparou.

Bizzarro avalia que, por conta da cidade ser referência na atenção à gravidez de alto risco, por conta de um ambulatório dedicado à gravidez complexa, muitas mães vieram para cá para serem atendidas. “Isso acarretou que algumas mortes de outras cidades foram contabilizadas para São Carlos”.

A pré-maturidade não tem sido fator determinante nos casos de morte na cidade e sim outros fatores ocorridos no período perinatal que corresponde aos 28 dias após o nascimento. “Perto de 90% desses óbitos ocorreram nesse período e com a criança ainda internada. A probabilidade é de as crianças terem nascido com problemas congênitos ou infecção adquirida no processo de parto que levaram ao óbito”, relatou.

Entretanto, a coordenadora do berçário da maternidade da Santa Casa, Roberta Marino Cazela, afirmou que o registro de crianças nascidas prematuramente cresceu no último ano. “Anteriormente, os leitos da UTI neonatal (Unidade Tratamento Intensivo) da Santa Casa comportavam os casos da cidade, desde o ano passado os casos aumentaram e tivemos de enviar os algumas crianças para a UTI da Casa de Saúde”, relatou.

Bizzarro afirmou que o déficit de leitos da UTI neonatal em São Carlos chega a 50%. São cinco leitos e precisamos de mais cinco. Por isso um projeto em parceria com o governo do Estado busca, dentro do Ministério da Saúde da Rede Cegonha, uma verba de R$ 1,8 milhão para readequação das salas de parto da UTI neonatal e a construção de uma Casa da Gestante para dar apoio àquelas mães que vivem longe da maternidade e precisam de um cuidado mais minucioso no pré e pós-parto.

 

Mortalidade infantil cai 31% em São Paulo em 11 anos

A cada mil bebês nascidos vivos nas 645 cidades paulistas em 2011, foram registradas 11,5 mortes de menores de 1 ano de idade – taxa inferior à de 2000 (16,9) e a menor já registrada no estado de São Paulo. Nos últimos 11 anos, houve queda de 31%, segundo dados divulgados ontem pelo governo paulista.

De acordo com o levantamento da Secretaria Estadual de Saúde e da Seade, das 17 regiões avaliadas, 12 apresentaram reduções em 2011 e dez alcançaram as taxas mais baixas de sua história. Entre os destaques, está a cidade de Barretos, com o maior avanço no combate à mortalidade infantil.

Na avaliação do governo estadual, a melhoria é resultado dos investimentos na ampliação das unidades de Terapia Intensiva (UTIs) Neonatal, no aprimoramento da assistência ao parto e à gestante, no aumento do atendimento para o pré-natal e vacinação em massa de crianças pelo SUS (Sistema Único de Saúde) .

No município, foram registrados 8,1 óbitos a cada mil nascidos vivos, o equivalente ao menor índice do estado em 2011 e queda de 52% em relação ao ano 2000.

O município de São José do Rio Preto aparece em seguida com 9,1 mortes por mil nascidos vivos em 2011 e Presidente Prudente, com 9,9 mortes. Na região da Grande São Paulo, o índice ficou em 11,4 no ano passado.

Em comparação a 2010, as regiões de Presidente Prudente e Registro tiveram as maiores reduções da taxa – 19,8% e 15% respectivamente. Em relação ao ano 2000, todas as regiões tiveram quedas.

A taxa de mortalidade infantil é o principal indicador de saúde pública, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). (Agência Brasil)

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