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Zé Roberto se torna o 1º tricampeão olímpico

11/08/2012 23h21 - Atualizado há 13 anos Publicado por: Redação
Zé Roberto se torna o 1º tricampeão olímpico

A transformação do Brasil em uma potência no vôlei mundial teve dois momentos marcantes: as conquistas dos primeiros títulos olímpicos masculino, em 1992, e feminino, em 2008. Nas duas vezes o mesmo técnico estava por trás dos feitos, José Roberto Guimarães.

 

Ex-levantador reserva da seleção brasileira, Zé Roberto se tornou neste sábado, 11, o primeiro tricampeão olímpico do esporte brasileiro, com a conquista do bicampeonato da seleção feminina, após ter trocado de lado.

Antes do vôlei feminino, o Brasil tinha só seis atletas bicampeões olímpicos – Ademar Ferreira da Silva, Robert Scheidt, Torben Grael, Marcelo Ferreira, Giovane e Maurício – mas o tricampeonato de Zé Roberto é o primeiro de um brasileiro na história, após a vitória da seleção feminina de vôlei sobre os Estados Unidos por 3 sets a 1.

Simples e acessível no trato com a torcida e a mídia, o que nem sempre é a realidade entre treinadores e esportistas de sucesso no país, Zé Roberto não valorizou o feito e preferiu ressaltar a responsabilidade de “professor”.

Lembrou ainda que o momento mais difícil da vida foi justamente no cargo em que ele consagrou-se neste sábado como o maior vencedor do esporte brasileiro — a derrota para a Rússia na semifinal de Atenas-2004.

“A palavra perseverança traduz muita coisa de não ter desistido, principalmente depois de 2004 que foi o pior momento da minha vida. Ter continuado, carregar essa missão que eu tenho de ser professor e gostar de ensinar. Isso foi fundamental em todos os instantes da minha vida”, disse Zé Roberto após a conquista do terceiro título olímpico.

“Não tenho explicação, só tenho agradecimento a todos que trabalham com o voleibol. Ser técnico de uma seleção do seu país é uma missão”, afirmou.

A campanha brasileira nos Jogos foi marcada pela superação de um time que esteve à beira de ser eliminado ainda na primeira fase e precisou salvar seis match points contra a Rússia, nas quartas de final, antes de ser corado bicampeão.

O treinador conseguiu recolocar a equipe no caminho com uma conversa em que “deu a mão que o time precisava” –como descreveu a líbero Fabi– e reservou para a final com os Estados Unidos quatro anos de estudo das adversárias, que venceram o Brasil na Liga Mundial antes da Olimpíada.

“A gente programou esse jogo durante muito tempo contra os EUA. Quando a gente descobria uma coisa que dava certo contra elas, a gente não insistia muito, até correndo o risco de perder, mas a gente precisava estudar melhor esse time porque elas são o melhor time do mundo”, disse.

“Nosso time passou por um momento de dificuldade enorme, saiu como fênix das cinzas e começou a crescer e acreditar cada vez mais”, disse. “Eu nunca rezei tanto na minha vida.”

Religioso, além de supersticioso, o treinador vai completar um trecho do caminho de Santiago de Compostela com a esposa para cumprir uma promessa feita pelo ouro – repetindo o que já fez em 2008 quando conquistou o título em Pequim.

O também técnico de vôlei Bernardinho tornou-se em Londres o maior medalhista do Brasil em Jogos Olímpicos, com um pódio como jogador e cinco como técnico. A seleção masculina dirigida por ele vai enfrentar a Rússia na final de domingo.

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