Pesquisadores contribuem para desenvolver vacina contra esquistossomose

Quando a solução para acabar com uma doença parasitária que faz 200 milhões de vítimas no mundo é encontrada, a excitação é geral. Não é a toa que, na semana passada, quando a Fiocruz – Fundação Osvaldo Cruz anunciou que foi desenvolvida a vacina contra a esquistossomose, a mídia entrou em polvorosa e anunciou a novidade nos quatro cantos do mundo.
A esquistossomose – segunda doença que mais faz vítimas no planeta (depois da malária)* – é causada por parasitas do gênero Schistosoma, entre eles o Schistosoma mansoni. Mais conhecida por “Barriga d´água”, é transmitida por caramujos (que hospedam o parasita temporariamente) e penetra na pele de humanos quando estes, por sua vez, entram em contato com a água habitada pelo caramujo contaminado. Diarreia, febre, cólicas, dores de cabeça, sonolência, emagrecimento, endurecimento ou aumento do volume do fígado e hemorragias que causam vômitos, são os sintomas mais comuns causados pela doença.
Embora não seja o país com maior de número de vítimas da doença (papel desempenhado pelos países do continente africano), o Brasil tem, em média, mais de dois milhões de pessoas com esquistossomose – para se ter uma ideia, o câncer atingiu uma média de 500 mil pessoas, o ano passado.
Os danos à saúde, no entanto, não são o maior problema. Pessoas infectadas pela esquistossomose conseguem conviver com a doença (em média, somente 1% dos infectados morre). Mas, aqueles que sobrevivem a ela têm uma péssima qualidade de vida e sua capacidade de contribuição social, intelectual e financeira é quase nula.
“Como são, geralmente, populações de países pobres as maiores vítimas da esquistossomose, a colaboração dessas pessoas para o desenvolvimento do país é obsoleta. Ou seja, a doença não mata, mas traz consequências muito graves para a sociedade”, declara o docente do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), Richard Charles Garratt.
A cura possível
Consciente, mas, sobretudo preocupada com essa grande problemática social, a pesquisadora da Fiocruz, Miriam Tendler, dedicou 30 anos de seus estudos ao Schistosoma mansoni, e depois de muitas observações e análises encontrou, no próprio parasita, a solução para – ao que tudo indica – eliminar a doença. A SM14 (como foi batizada por Tendler) é uma das moléculas encontradas no organismo do parasita e ela é responsável pelo transporte de lipídeos. Mas, uma vez no organismo humano, gera uma resposta imune, incitando a produção de anticorpos. “O hospedeiro [organismo humano] é capaz de reconhecer essa molécula e montar uma resposta imune contra ela. Então, se ele entrar em contato com o parasita, o sistema imune já está pronto para reagir contra ele”.
Tal descoberta abre inúmeras possibilidades, que vão muito mais além da produção de uma vacina contra a esquistossomose. Essa é a primeira vez que todo processo de desenvolvimento de uma vacina é feito, integralmente, no Brasil.
Mas, para percorrer esse caminho e “encontrar uma luz no final do túnel”, vários colaboradores estiveram envolvidos na trajetória, entre eles o próprio Richard, que não só colaborou com a pesquisa, mas que também foi o “braço direito” de Mirian, quando “emprestou” seus conhecimentos em biologia estrutural para fazer os estudos de modelagem da SM14, identificando as regiões mais importantes da molécula para gerar a resposta imune.
“Esse é um exemplo muito claro de como a ciência básica e a aplicada podem – e devem – andarem conjunto. Todocientista sabe que é fundamental investir nessas duas frentes, pois a pesquisa básica traz os fundamentos. Mas, investir somente na ciência básica não gerará produtos. O segredo, portanto, é encontrar o equilíbrio entre elas”, destaca Richard. “Se a Miriam [Tendler] não tivesse a preocupação de entender melhor a molécula que ela tinha em mãos, o projeto teria tido outro percurso”.
Conhecer a estrutura da molécula é importante por diversos motivos, entre eles saber se a vacina não criará anticorpos contra o próprio organismo, uma vez que temos moléculas muito parecidas com a SM14 (que carregam lipídeos). “Poder identificar as diferenças significativas entre as proteínas de parasitas e seres humanos reforça novamente a importância da pesquisa básica. Pois é preciso saber se uma molécula que cria anticorpos no organismo humano não será prejudicial a ele próprio”.
Outra docente do IFSC, Ana Paula Ulian Araújo, também em conjunto com Tendler, está trabalhando na criação de uma ferramenta capaz de avaliar o grau de eficácia de uma vacina em cada indivíduo. “Cada pessoa reage de uma forma diferente à mesma vacina, pois os genes de cada ser humano são diferentes uns dos outros. Por isso, seria muito interessante ter uma ferramenta que permitisse o acompanhamento da vacina”, explica Richard.
Durante o caminho para o desenvolvimento da vacina contra a esquistossomose, os pesquisadores tiveram mais uma surpresa: a SM14 gera uma reação cruzada com outro parasita, o Fasciola hepática, que afeta, principalmente, bois e ovelhas. Ou seja, o Fasciola, que se tornou uma dor de cabeça, principalmente nos países que têm sua economia baseada na criação de ovelhas (como a Holanda), também poderá ser combatido pela vacina. Por exemplo, ovelhas já receberam as vacinas e estas ficaram protegidas contra a Fasciola. “Isso é o que chamamos de vacina bivalente. Novamente, é algo que teve um apoio muito importante do IFSC, com o papel de estudar a estrutura da molécula e explicar melhor esse acontecimento”, conta.
Divulgação
SAÚDE:graças á deus e á nosso sr jesus cristo! não foi envão sua pesquisa doutoras(o)afinal se encontrol á resposta á o que? vcs estavam procurando! é uma grande descoberta! á cura.contra o schistossoma!PARABÉNS Á TODA EQUIPE QUE DESSENVOLVEU,ESSE TRABALHO QUE JÁ ESTÁ SENDO! GRANDE VITÓRIA CONTRA ESSE PARASITÁ(SCHISTOSSOMA)OK.MUITAS PESSOAS QUE TEM Á (SCHISTOSSOMA)OU(ESQUISTOSSOMOSE)COM GRANDE ADMIRAÇÃO E AGRADECIMENTOS:AS DRAS:MIRIAM TENDLER E A ANA PAULA ULIAN ARAÚJO E AO DRO RICHARD CHARLES GARRATT E Á EQUIPE.PARABÉNS,MUITOS BRASILEIROS E TAMBÉM DE OUTROS PAISES VÃO AGRADECER! OBRIGADO!!!!sim estou falando porque?tambem peguei schistossoma,mais graças á deus e nosso sr jesus cristo! fiz o tratamento,na época e fiquei bom!(curado com o medicamento,MANSIL CPS.)